Moda Manguebeat
- alexsandrorbarros
- 15 de jun. de 2019
- 3 min de leitura
Atualizado: 17 de jun. de 2019
Como estudantes de design de moda, criamos esse blog para mostrar aos amantes da moda o quanto somos ricos em cultura no nosso estado de Pernambuco. No Brasil temos grandes estilistas que expressam sua arte através das passarelas e muitas vezes são influenciados por sua cultura querendo expandir pro mundo as histórias de um determinado local e esses estilistas almejam que seus trabalhos sejam vistos pelo mundo todo.

O Manguebeat está ligado a vários temas, seja na dança, no teatro, na música, educação, trabalhos sociais e principalmente na moda. Chico criou sua própria identidade e que influenciaram várias pessoas e também a muitos outros artistas da região do Recife, Brasil e do Mundo. No Movimento Manguebeat, a moda teve uma forte influência de significados em relação a realidade da cidade essa foi a principal caraterística na música e na vestimenta. E como a sociedade é dinâmica esse significado pode até ter modificado, mas acredito que não perdeu a identidade e o estilo da pernambucanidade de fazer música e moda. Mesmo em meios as dificuldades que o Recife se encontrava, foi preciso injetar cultura e essa foi uma estratégia para mobilizar os jovens Recifenses para mostrar a criatividade dos Pernambucanos em fazer música, moda e arte.
Nesta cena, ficou marcado também não somente a moda nas vestimentas, mas nos espaços frequentados pelos mangueboys e manguegirls, como podemos ver no relato da pesquisadora Lira (2014) sobre o Manguebeat:
Esta cena contém estandes e música alta. Um mercado com artigos pop. O mercado pop. CDs, confecções locais como Período Fértil, Makossa, os estilistas Eduardo Ferreira, Beto Normal, entre outros; bolsas e sapatos alternativos da ZAZ, FAG; instrumentos musicais regionais, bijuterias, acessórios, camisetas, incenso, trabalhos artísticos. Um DJ apresenta sons através da Rádio Lama, veiculada para um público do mercado. Skatistas e demonstrações muitas vezes fazem parte da programação. Capoeira, teatro de rua, vampiros de jogos RPG, maracatus (Lira, 2014, p.82)


Eduardo Ferreira -O Estilista Mangue Fashion!!
Eduardo Ferreira, o Estilista Pernambucano nasceu no Recife. Cresceu vivendo a problemática da indústria têxtil no Estado, no final dos anos 70. O pai era tecelão e o fechamento de muitas fábricas gerou problemas no orçamento familiar. A mãe, dona de casa, trabalhava com artesanato. Eduardo Assumiu as origens, não aguentou e desde pequeno "era rato de fábrica têxtil.
É considerado o criador da estética "Mangue fashion" inspirado no movimento mangue beat. O fruto de sua criação preenche guarda-roupas de lojas famosas como Daslu, NK Stories, Joëlle, mas também veste o subúrbio pernambucano do Alto José do Pinho. Onde desenvolve um trabalho social, ele é um exemplo que dá gosto, com esse projeto a vida de muitos adolescentes carentes deste subúrbio esta mudando, muitos estão resgatando a auto estima através da mistura da educação, da arte e da cultura, e ainda fazendo confecção de roupas no dia-a-dia é desta forma que o estilista está trabalhando e ajudando estes jovens a se tornarem cidadãos e serem respeitados no mercado.



O uso do chapéu de palha, típico da cultura pernambucana, aliado a acessórios da cultura pop, como óculos escuros, camisas estampadas, tênis e colares coloridos produziu um efeito visual acentuado em seus integrantes.
Ela é inspirada no cotidiano das cidades, das feiras, no verão, nos mercados públicos .
A moda manguebeat, é leve e descontraída.
Usa-se tecidos com estampas extravagantes, muita chita, inspirada no maracatu rural, bermudas no meio da perna,e algumas características da moda armorial.
As mulheres usam muitos vestidos e babados, mistura de estampas e cores.
Tênis simples e sandálias de couro, estão sempre a completar o visual.
Temos algumas marcas que trazem, desde o nascimento do movimento manguebeat , características desse momento, até os dias atuais, como a Periodo Fertil e Beto Normal.
A Rush praia, chegou a fazer uma coleção inspirada no manguebeat e no Recife, ela usou muitas cores, predominando o verde e com um tecido totalmente novo, uma lycra biodegradável.
Maria Araujo, também levou pra passarela e sua coleção, características do manguebeat misturada ao patchwork.
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